Um suponhamos...
Suponhamos.
Suponhamos, que num pais à beira mar plantado, com mais de 20 anos enquanto membro da Comunidade Europeia, qualquer empresa se pode dar ao luxo de ficar a dever uma factura esticando a corda por mais de 4/5 meses.
Suponhamos inclusive que as intuições do governo desse país são precisamente o maior exemplo quando toca a atrasar e falhar no cumprimento desses pagamentos, ou a empregar precariamente os conhecidos por geração recibo verde.
E suponhamos ainda que precisamente esse teu cliente, caloteiro, que te deve facturas a mais de 4 meses, tem poder, para no caso de te atrasares a entregar-lhe a ele próprio o valor respectivo de um imposto sobre essa mesma factura, que ele próprio não te paga, mas que tu tens de lhe pagar e adiantar 20% (iva) daquilo que ele próprio te deve, caso contrario ele terá legitimidade para te desviar a verba que te deve para saldar o iva que te atrasavas a pagar-lhe.
Agora deixemos de supor e encare-mos isto como a realidade da imoralidade e leviandade de quem nos governa e chupa os ossos até o tutano.
Sabem que mais, a pena que eu tenho, é de gostar tanto desta merda de país, porque não fosse isso, e já à muito que tinha mandado isto tudo pró caralho.
Mas o português é burro, e assiste a isto tudo calado. E já avisaram, para o próximo ano querem mais um imposto sob o rendimento. E então? Não foi para isso que lhes votamos?
Os jovens, como eu, dessa conhecida geração por rasca, que em outros tempos tinham tomates para a posse dessa fotogafia abaixo, deviam era voltar a manifestar-se mas substituir as letras garrafais por um : CONTINUEM ME ENRABANDO (que eu gosto)!
Até quando?